Matriz Energética do Brasil é exemplo a ser seguido

O mundo possui uma matriz energética composta principalmente por fontes não renováveis, como carvão, petróleo e gás natural. Somadas, elas alcançam quase 86% de toda energia consumida. No Brasil, de modo diferente, mais de 40% da matriz energética é composta por fontes renováveis, como a energia hidráulica e a proveniente de derivados de cana de açúcar e carvão vegetal. Isso é muito importante, pois essas fontes, além de renováveis, são menos poluentes.

O modelo de matriz energética brasileiro é historicamente diversificado. Nos anos 1970, a maior fonte de energia renovável no país era a lenha. Posteriormente, o desenvolvimento do etanol como alternativa ao petróleo fez com que o modelo brasileiro se tornasse uma inspiração para outros países.

Segundo o analista de Mercados de Energias Renováveis da AIE (Agência Internacional de Energia), Heymi Bahar, a ideia é que outros países sigam o exemplo do Brasil a fim de cumprir os compromissos do Acordo de Paris, que trata das mudanças climáticas.

O mais recente relatório da AIE ressalta que, a partir de 2020, a China passará a misturar obrigatoriamente 10% de etanol à gasolina e isso afetará sensivelmente as políticas biocombustíveis em todo o mundo.

Ações como essa, na China, são fruto da plataforma para o Biofuturo, iniciativa multilateral de 20 países para promoção da bioeconomia sustentável de baixo carbono, concebida pelo governo brasileiro e lançada em 2016. Outros exemplos de ações são a elaboração de um plano de redução de carbono na matriz de transportes, no Canadá, e o interesse da Índia em investir em biorrefinarias avançadas.

A energia eólica e a solar, denominadas energias limpas, também têm sido incentivadas e devem crescer nos próximos anos. A projeção é que, juntas, as duas energias devem gerar quase 500 TWh, em 2030. Tendo em vista a extensão territorial do país e a predominância do clima tropical, que permitem a captação de energia de fontes diversificadas, o Brasil deverá ficar em vantagem em relação a outros países.

Segundo o subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, embaixador José Antonio Marcondes, a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), regulamentada este ano, além da plataforma do Biofuturo, na qual o Brasil exerce papel de liderança, comprovam que o Brasil fez as escolhas certas no campo energético.

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